quarta-feira, 6 de julho de 2011

O xilema e o transporte de seiva bruta

Corte transversal de um caule mostrando o xilema
O xilema ou lenho é constituído por células tubulares mortas dispostas em colunas. 
As de maior calibre são chamadas de elementos de vaso e as de menos calibre, de traqueídes.
A morte das células xilemáticas decorre da deposição de uma substância endurecedora, a lignina.


Micrografia de vaso do xilema
Mecanismo de transporte da seiva bruta

Há três fatores cooperativos na condução da seiva bruta ao longo do corpo vegetal: pressão positiva da raizcapilaridade dos vasos e sucção das folhas.

Pressão positiva da raiz é a força da água que entra neste órgão por osmose, empurrando a coluna líquida já estabelecida no xilema para cima. Porém, só é efetiva para elevar significativa a seiva bruta em plantas herbáceas e pequenos arbustos. A capilaridade é a tendência natural da água subir em ductos finíssimos devida à adesão das moléculas de água em suas paredes. Mas, é a sucção gerada nas folhas a força realmente capaz fazer a seiva bruta subir pelo xilema de árvores. Dixon elaborou a teoria da sucção-coesão-tensão, a mais aceita hoje para explicar a ascensão da seiva bruta. Segundo esta, a perda de água por transpiração nas folhas gera uma força de sucção sobre as moléculas de água no xilema. Como essas moléculas possuem coesão (uma força de atração devida à interação por pontes de Hidrogênio), uma puxa a outra e a coluna de água contínua dentro de cada vaso se comporta como uma corda em estado de tensão, subindo.

Dessa forma, concluímos que quanto maior for a transpiração da planta, maior serão a absorção de seiva bruta na raiz e sua velocidade de condução pelo xilema sob uma pressão negativa (tensão). Fica evidente a importância do reforço de lignina nas paredes dos elementos de vaso para impedir o colapso dos mesmos submetidos à força de sucção. Se fossem moles, as células teriam coladas as suas paredes, o que interromperia a passagem da seiva.

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